Projeto de lei quer proibir ligações de telemarketing feitas por robôs no Espírito Santo

Proposta do deputado Sergio Meneguelli visa combater prática considerada invasiva

Proibir ligações de telemarketing no ES
Deputado Sergio Meneguelli é autor da proposta / Foto: Lucas S. Costa

Foto divulgação/Ales

De autoria do deputado estadual Sergio Meneguelli (Republicanos), o Projeto de Lei 447/2023 busca proibir no Espírito Santo o uso de bots e softwares de automação em ligações telefônicas de telemarketing. O objetivo é impedir que consumidores continuem sendo alvos desse tipo de abordagem, considerada invasiva, desrespeitosa e potencialmente enganosa.

As chamadas automatizadas, muitas vezes feitas em horários inoportunos, têm se tornado um problema recorrente para os consumidores. Além de invadir a privacidade e perturbar a rotina, essas ligações geram frustração, irritação e uma sensação de desvalorização do tempo do cidadão. A situação se agrava quando as chamadas são encerradas abruptamente, no meio do atendimento ou mesmo sem que o consumidor tenha a chance de responder.

Embora eficiente para quem as realiza em termos de custo e alcance, a prática se demonstra altamente perturbadora e inoportuna para os consumidores, dada a sua insistência e a desconsideração dos horários adequados”, afirmou Meneguelli.

Segundo o parlamentar, a proposta abrange empresas de diversos setores, como vendas, telefonia, televisão por assinatura, energia elétrica, seguros e financeiro. Caso a lei seja aprovada, o descumprimento poderá acarretar sanções pecuniárias. A regulamentação da norma ficará a cargo do Poder Executivo estadual.

Além dos transtornos práticos, as ligações automatizadas levantam preocupações éticas e jurídicas. A falta de clareza sobre o propósito da chamada e o encerramento repentino podem ser interpretados como uma tática manipuladora ou até mesmo uma tentativa de phishing — fraude eletrônica em que criminosos tentam obter dados confidenciais ao induzir o consumidor a retornar para um número desconhecido.

Meneguelli também alerta para o risco de indução ao erro, já que as mensagens transmitidas por sistemas automatizados muitas vezes são confusas e não permitem ao consumidor esclarecer dúvidas antes de contratar um serviço ou adquirir um produto.

O texto do PL 447/2023 agora segue para análise nas comissões de Justiça, Defesa do Consumidor e Finanças da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

Por Guilherme Augusto Zacharias e Ascom/Ales

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