Estudo mostra extração sustentável do Caranguejo-Uçá

A comunidade local ainda preserva um saber tradicional de manejo sustentável. Foto divulgação Seama/Iema Pesquisa

Caranguejo-Uçá preservação
A comunidade local ainda preserva um saber tradicional de manejo sustentável. Foto divulgação Seama/Iema

Pesquisa do IEMA contribui para a conservação do caranguejo-uçá em reserva ambiental de Guarapari

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) divulgou um estudo voltado à avaliação da densidade populacional e à capacidade de suporte da extração do Caranguejo-Uçá (Ucides cordatus) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Concha D’Ostra (RDSCD), localizada em Guarapari. As informações são da Assessoria de Comunicação da Seama/Iema. O estudo teve como objetivo também a identificação e caracterização das comunidades de caranguejeiros e das áreas utilizadas para a captura da espécie.

A pesquisa, realizada em 2021, revelou informações importantes sobre as práticas de pesca da comunidade local, que, apesar de numericamente reduzida, ainda preserva um saber tradicional de manejo sustentável dos recursos naturais. A pesquisa também contribuiu para o entendimento do status atual de conservação da espécie, que é um recurso alimentar essencial para o coletivo.

Com foco na compatibilidade entre a conservação ambiental e a sustentabilidade das comunidades tradicionais, o estudo avaliou diferentes cenários de proteção para o Caranguejo-Uçá. Entre as medidas consideradas, destacam-se a manutenção de áreas de “berçários” e de áreas de uso mais flexível em outras zonas pelas comunidades de caranguejeiros.

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Concha D’Ostra, em Guarapari. Foto divulgação Seama/Iema

Para garantir a eficácia da proteção, foi realizado um mapeamento participativo da RDSCD, por meio de oficinas com os moradores locais. O processo visou a evitar a sobreposição de áreas de preservação com aquelas utilizadas pela comunidade para a atividade.

A servidora do Iema Viviane da Silva Paes destacou a importância do trabalho. “Esse estudo é fundamental para o desenvolvimento de estratégias que permitam a coexistência tão bem harmoniosa entre a preservação ambiental e as necessidades das comunidades tradicionais. Além disso, orientará futuras políticas públicas para o manejo sustentável do Caranguejo-Uçá, garantindo que as gerações futuras possam continuar a contar com esse recurso”, disse.

Viviane da Silva Paes lembrou ainda que o estudo propôs a elaboração de uma cartilha e de uma metodologia de monitoramento contínuo da espécie, com o intuito de assegurar a viabilidade da pesca de Caranguejo-Uçá em longo prazo. Essas iniciativas servirão como base tanto para o Plano de Manejo da RDSCD quanto para políticas de gestão voltadas ao cadastro de catadores da espécie.

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