Em Harvard, ex-ministro de FHC propõe congelar salário mínimo por seis anos

Secular universidade dos Estados Unidos treme com proposta polêmica de Armínio Fraga: “Hibernação do salário mínimo”…

Em Harvard, ex-ministro de FHC propõe congelar salário mínimo por seis anos - Arminio Fraga
Armínio Fraga causou polêmica com a sugestão de congelamento do salário mínimo por seis anos.

Foto Reprodução Internet

Em meio aos corredores da prestigiada Brazil Conference, evento que ecoa anualmente nos campi de Harvard e MIT, uma declaração do renomado financista e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, acendeu um debate incandescente neste fim de semana. Flagrado pelas lentes do UOL Economia, que cobria o encontro de líderes e pensadores, Fraga lançou a controversa ideia de um congelamento real do salário mínimo brasileiro por nada menos que seis anos.

A proposta, que soou como um raio em céu de brigadeiro para muitos, consiste em permitir apenas a correção inflacionária do piso salarial nacional durante esse extenso período, sepultando qualquer perspectiva de ganho real para milhões de trabalhadores e aposentados.

Sacrifício para quem?”

A sugestão do influente economista, figura carimbada no seleto grupo dos mais abastados do país, não tardou a gerar ondas de choque e indignação. Críticos apontam que a medida ignora a trajetória histórica do salário mínimo como ferramenta crucial para a redução da desigualdade, a valorização da força de trabalho e o fomento da engrenagem econômica.

“É um absurdo! Uma proposta que joga nas costas dos trabalhadores a conta de um ajuste que sequer discute a obscena concentração de renda que assola o Brasil”, vociferou um representante de uma central sindical, que preferiu não se identificar. “Enquanto isso, lucros bilionários e grandes fortunas seguem intocados. É um projeto de país para poucos, feito por poucos e apresentado em um palco para poucos.”

Brazil Conference

A Brazil Conference, tradicionalmente um ponto de encontro entre a elite do mercado e do poder público, volta a ser o epicentro de discussões que, para alguns, parecem orbitar unicamente nos interesses do topo da pirâmide social. A ousada defesa do congelamento salarial por um período tão longo reforça, na visão de analistas sociais, uma perspectiva onde os segmentos menos favorecidos da população são chamados a arcar com o ônus de eventuais reequilíbrios fiscais, enquanto a parcela mais rica permanece imune a qualquer política de redistribuição de renda.

O debate, longe de se encerrar nos salões acadêmicos de Cambridge, promete inflamar o cenário político e econômico brasileiro nas próximas semanas, reacendendo a velha polarização entre aqueles que defendem a austeridade a qualquer custo e os que clamam por um desenvolvimento com maior justiça

social. A proposta de Armínio Fraga, sem dúvida, jogou uma bomba no já delicado equilíbrio das discussões sobre o futuro do país.

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